De dono a sócio da Abreu Imóveis por uma década, o empresário Ricardo Abreu não só recomprou os direitos absolutos sobre a imobiliária fundada pela família dele nos anos 80, como manteve o acordo operacional com a Brasil Brookers e se prepara para relançar oficialmente sua antiga empresa em maio, com nova marca e um modelo de negócios igualmente turbinado, que promete muitas novidades.
Tudo começou em 2007, quando os criadores da BR Brookers ingressaram na Bolsa de Valores de São Paulo com uma ousada oferta pública de ações (IPO) e, com os recursos levantados – coisa de R$ 740 milhões -, se associaram inicialmente às 15 mais importantes imobiliárias do Brasil, entre elas a Abreu Imóveis, de Natal.
Esta semana, de São Paulo, Ricardo antecipou alguns de seus planos. E, apesar de ambiciosos, eles não se esqueceram das origens lá atrás que fizeram da imobiliária de Natal um objeto desejado daquela que viria a ser nos anos seguintes a maior imobiliária do País, a BR Brookers, com incríveis 900 pontos de venda em todo o território nacional.
Nesse período, por volta de 2010, a Abreu atingiu 600 corretores em Natal. Hoje, mesmo com uma estrutura mais enxuta, a empresa ainda conserva o maior quadro de corretores da cidade com 200 profissionais.
À primeira vista, os planos de Ricardo misturam projetos novíssimos a um resgate do passado, quando a Abreu Imóveis, ainda nos anos 80, investia agressivamente no segmento de administração imobiliária, comprando a carteira da concorrência e gerando produtos inovadores para a época.
Pois bem, na nova fase, Ricardo decidiu não só investir pesado na área patrimonial, com o conhecimento de décadas experiência, como também vai usar toda a expertise adquirida para focar na qualidade das operações com grandes clientes.
A partir da parceria com um fundo estrangeiro, a Ricardo pretende ingressar forte no “Built to suit”, ou “construído para servir”, conceito utilizado pelo setor imobiliário para identificar contratos de locação a longo prazo no qual o imóvel é construído para atender os interesses do locatário.
Com a Lei 12.744, de 19 de dezembro de 2012, que reconheceu o “built to suit” como de locação, Ricardo pôde se preparar para receber propostas de clientes interessados em locações de longo prazo e sob medida como essas.
Hoje, ao reavaliar sua relação com a BR Brookers e manter um acordo operacional com ela, renovável a cada três anos e com foco em treinamento e projetos de alcance nacional, Ricardo diz se sentir revitalizado e feliz.
“Estou me sentindo confortável e profundamente agradecido a Brasil Brookers pela experiência de 10 anos”, diz.
Na época do IPO – do inglês Initial Public Offering, um tipo de oferta pública em que as ações de uma empresa são vendidas ao público em geral em bolsa de valores pela primeira vez- Ricardo foi o escolhido dentro de um seleto grupo de donos de imobiliárias pelo Brasil para participar de um projeto nacional sem precedentes no segmento imobiliário.
Isso implicou em deixar de ser o dono do negócio para se transformar sócio e diretor executivo. Foi uma boa decisão, pois a Abreu deixou de seu uma marca local para se transformar em empresa nacional, com trânsito muito para além de suas fronteiras.
Esse processo durou o tempo em que grandes imobiliárias brasileiras se fixaram no Nordeste. Com as mudanças na economia brasileira de caráter recessivo, elas levantaram acampamento do Nordeste e retomaram seus investimentos onde ganham mais dinheiro, no Centro Sul.
Hoje, às vésperas do lançamento da nova marca de uma das empresas mais conhecidas do mercado potiguar, Ricardo se diz tão animado como sempre. “Vamos fazer a diferença, de novo”, ele garante.
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