Fábio Dantas será candidato ao Governo do Estado, precisa apenas, antes, como todos os principais concorrentes, resolver a “questão” da coligação proporcional para deputado federal. O autor dessa afirmação é o próprio atual vice-governador do Estado, que nesta quinta-feira, 29, em entrevista, voltou a descartar a possibilidade de abrir mão da pré-candidatura para ser acomodado como nome para o Senado Federal em uma das coligações atualmente “melhor colocada nas pesquisas”.
“Não existe isso. Nunca conversamos isso com o PT, nem com qualquer outro partido. Tenho a certeza que tenho a condição de vencer a eleição, só que eu preciso compor a questão de deputado federal. Só precisamos conseguir compor, como Carlos Eduardo precisa, como Robinson precisa”, afirmou Fábio Dantas em entrevista ao Jornal das Seis, da 96fm, respondendo à possibilidade de abrir mão da pré-candidatura ao Governo para ser o nome da chapa de Fátima Bezerra, do PT, mas sendo candidato ao Senado.
Segundo Fábio Dantas, sua empolgação em dizer que tem condições de vencer a eleição é, boa parte dela, consequência da recepção que teve no interior do Estado. Nos últimos dias, segundo ele, visitou 23 municípios e foi bem recebido em todos eles. “O exército que se forma de parte da sociedade contra a classe política é muito maior do que aquele que quer votar. Então, quero ser um instrumento de transformação e sei que tenho condição de fazer”, avaliou.
De volta ao assunto das coligações, Fábio Dantas fez questão de deixar claro que esse é um problema de todos os demais concorrentes (com exceção do PT, que vê o próprio partido como “suficiente”). “Nós temos uma coligação muito bem feita para estadual e o PSB não precisa de nenhuma coligação a não ser o PPL para reeleger três deputados estaduais, mas a de deputado federal não tem ninguém no Estado que não seja um blefe”, explicou.
Vale lembrar que o deputado federal em questão é Rafael Motta, presidente estadual do PSB, o partido de Fábio Dantas, e filho do deputado estadual Ricardo Motta, também candidato a reeleição. E, nesta semana, o próprio partido afirmou a reeleição dos parlamentares está no mesmo “grau” de importância para a sigla que a disputa majoritária, ou seja, para o Governo.
No último pleito eleitoral, Rafael Motta conseguiu 176 mil votos, contudo, para alguns especialistas, assim como os demais parlamentares da bancada federal, ele dificilmente conseguirá repetir essa votação. Pior: as previsões estimam que seja necessário atingir um coeficiente eleitoral de, pelo menos, 180 mil votos para conseguir uma vaga na Câmara dos Deputados. Ou seja: o PSB precisaria de aliança com algum partido que garanta um puxador de votos para a reeleição de seu presidente.
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