A força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo denunciou nesta segunda-feira (26) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo crime de lavagem de dinheiro.
A denúncia aponta que o ex-presidente, usufruindo de seu prestígio internacional, interferiu em decisões do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, que resultaram na ampliação dos negócios do grupo brasileiro ARG no país africano.
Em troca, o presidente recebeu 1 milhão de reais mascarados como doação da empresa ao Instituto Lula.
Além de Lula, o MPF também denunciou o controlador do grupo ARG, Rodolfo Giannetti Geo, por tráfico de influência em transação comercial internacional e lavagem de dinheiro.
“Segundo se apurou, em data não especificada, entre os meses de setembro e outubro de 2011, Rodolfo solicitou a Lula que interviesse junto ao presidente da Guiné Equatorial – Teodoro Obiang – para que o governo daquele país continuasse realizando transações comerciais com o grupo empresarial Arg Ltda”, diz a denúncia.
De acordo com a legislação, Como Lula tem mais de 70 anos, o crime de tráfico de influência prescreveu em relação a ele, mas não para o empresário.
Comprovação
Segundo o MPF, as transações comerciais são comprovadas por diversas circunstâncias, entre elas uma mensagem de 5 de outubro de 2011, uma carta enviada ao presidente da Guiné Equatorial e o depósito do dinheiro.
“Em mensagem enviada por [parceiro de Rodolfo] em 05 de outubro de 2011, eles diz que o ex-presidente Lula dissera-lhe que gostaria de falar com Rodolfo sobre o trabalho deles na Guiné Equatorial e e que, por sua vez, Rodolfo tem disposição de fazer uma contribuição financeira bastante importante ao Instituto Lula”, afirma o processo.
Na denúncia formulada, estão anexadas todas as provas recolhidas durante as investigações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário